5.06.2006

CotidiANAmente
Eu adorava ver o seu sorriso e o leve movimento de seus lábios me chamando de idiota. Você odiava a xícara de café esquecida na mesa da sala e como eu molhava todo o quarto depois do banho.
Eu amava aquela sua foto P&B ao lado da cama – seus olhos perdidos me deixavam inquieto imaginando no que estaria pensando.
Você gostava de me irritar falando alto ao telefone. Quanto constrangimento me causou por causa do seu ciúme sem razão – eu só via você! Mas ninguém disse que tínhamos de ser perfeitos...
Ainda sinto seu frescor nos lençóis, mas a cama está vazia. A música que ouço pela manhã não é mais o som da sua voz rouca sussurrando ao meu ouvido. Você não está mais nem ao lado da cama em tons de cinza.
Não há ninguém pra me xingar. Não com a sua delicadeza quase infantil. E eu não tenho me irritado com o barulho do telefone que tocava a todo instante. Porque agora o silêncio grita alto demais...

6 comentários:

C G M disse...

é o q eu sempre digo: não tem coisa q grite mais q o silêncio

Anônimo disse...

E eu não tenho me irritado com o barulho do telefone que tocava a todo instante. Porque agora o silêncio grita alto demais...

telefone... silêncio...

ate breve

Jana! disse...

Su, eu gosto muito de uma frse de um filme do herzog, vez ou outra eu cito: esses gritos ao redor são o que chamam de silêncio???

o silêncio é por vezes perturbador. não sei, estou na fase do barulho... em mim mesma.

Jana! disse...

su,
posta mais, mais, mais...
beijo

Anônimo disse...

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Anônimo disse...

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