4.07.2006

A vida coagulando em minhas veias...
Eu sinto saudade de coisas que nem sei... De pessoas queridas, momentos que não se repetirão jamais. Saudade do que perdi, do que não fiz ou não disse. De mim mesma... Do sentimento que impedi florescer, do amor que não deixei ser amado, da vida que deixei morrer. Eu sinto saudade até de quem nem sei se existe. Talvez seja alguém por quem espero. Alguém que existe apenas em mim.
...

Qual é o caminho que se pega quando não se tem aonde ir? Você diria qualquer um, mas eu respondo caminho algum. O melhor é não fazer nada. O silêncio talvez diga algo, quem sabe... Talvez ele só fique quieto, como todo silêncio. E ria, baixinho, do meu desespero, da minha impotência.
Quando é que vai amanhecer?
Quero voar com os pássaros por sobre a vida. Quero ver de longe o céu derramar seu pranto. E retornar, aliviada, para algum lugar que eu possa chamar de lar. Dentro de mim. Ser é tão vasto... Meu mundo é deveras imenso e não sei onde me esconder quando a angústia esmaga minhas cordas vocais. O vinho transborda e a taça, estraçalhada em pequenos cristais, rasga a mão trêmula que se banha num vermelho escarlate.
A mancha no chão é ainda vibrante como as cores de uma manhã ensolarada de verão, como a tela que pintei ontem com as cores do entardecer.
"A tinta ainda continua fresca em suas mãos, o chão continua molhado..." (Dos Santos).

3 comentários:

C G M disse...

querida, que bom ter você nessa roda virtual...posta uns pedaços de Antônia...Tu falaste com Ludmila? A tia dela tem uma câmera, e ta com ela. Vamos resolver isso nas férias...Bjos minha linda

Jana! disse...

Oba! Suellen entrou na roda!!! concordo com carol, vamos resolver isso nas férias.
beijões

eSQCer disse...

É, meninas, vamos colocar a mão na massa!
P.S. Por muito tempo resisti, não sei muito bem a que, mas o fato é que agora estou disposta a falar. Então, me escutem!!! Ou melhor, leiam... Bj.